sábado, 14 de agosto de 2010

Vamos filosofar?!

Cada vez mais urge a necessidade de filosofar, para podermos melhor compreender o sentido da existência. O homem é um ser complexo, é um problema para si próprio. As dúvidas existenciais atormentam-nos. Temos que procurar a resposta para todas as questões que nos preocupam. Vivemos de certa forma sem rumo, por vezes perdidos num caos axiológico, sem "uma luz ao fundo do túnel".
Como diz Lou Marinoff , pioneiro do aconselhamento filosófico, no livro "Mais Platão e menos Prozac", no qual o autor faz a apologia da filosofia em vez de recorrermos a psiquiatras e psicólogos, devemos sim recuperar o bem estar e despertar para a filosofia.
Tal é relevante, mas esta procura do conhecimento, este questionar, este espanto que nos conduz no caminho da sabedoria, deve ser incutido desde a infância. Por isso considero importante a Filosofia para crianças, pois os mais pequenos são encorajados a falar, a ouvir e a discutir ideias, desenvolvendo as suas capacidades de raciocínio e de pensamento.
A Filosofia para crianças é, também, uma ferramenta de auxílio para pais e educadores, permitindo conversar com as crianças, responder às perguntas mais difíceis e ajudar no processo de compreensão do mundo que as rodeia.
O que é a Filosofia? É a busca da sabedoria e do conhecimento. Ora tal deve ser preconizado desde tenra idade!
Ensinar a filosofar desde cedo!PORQUÊ ?!
Porque se começa a perder a capacidade do espanto.
Porque hoje em dia já não há prazer em pensar, nem em pensar o pensamento.
Porque o mundo está em construção e a criança pode fazer parte disso.
Porque se desenvolvem competências de comunicação, de escuta activa, de pensamento crítico, criativo e investigação
Porque há que cultivar a capacidade de espanto…
Porque urge pensar! E saber pensar!
Porque pensar pode ser divertido…
Porque pensando conheço-me… e ouvindo os outros conheço-os também!
Por tudo isso, que tal o meu conselho?! Vamos filosofar?!

Navegando no Douro


O rio Douro vai correndo para o mar imponente e deslumbrante. As suas águas límpidas e cristalinas vão apressadamente rumo à foz. Quem faz o percurso de barco Régua – Porto ou então Porto – Régua, pode apreciar os encantos destes locais paradisíacos. Ou subindo o rio, ou descendo-o, não podemos ficar indiferentes a tanta beleza! Passando em Ribadouro onde a paisagem é realmente encantadora, ou subindo em direcção a Porto Antigo ou a Aregos, ficamos deslumbrados!
Em Caldas de Aregos, a beleza natural e o progresso estão em simbiose perfeita. A fluvina onde muitos barcos podem ancorar, a piscina junto ao rio onde se pode desfrutar de uma paisagem magnífica, onde dá vontade de permanecer, durante muito tempo para apreciar a natureza. A natureza que foi aqui bastante favorecida pelo progresso, ou seja pela acção humana. Mas nem sempre isso acontece, por vezes o homem apropria-se da meio ambiente e em nome do progresso vai destruindo tudo à sua volta ao sabor dos seus caprichos, de forma aleatória. Em Aregos, isso não se verifica, a paisagem lá está, majestosa e linda! Houve uma consonância entre a acção humana e a natureza. Os empreendimentos que lá foram edificados vieram realçar ainda mais a formosura desta região.
Dá gosto ir a este local e nunca me canso de fazê-lo.
Ora vamos prosseguir viagem e olhando em frente, avistamos terras de Santa Cruz do Douro em Baião, a estação de Aregos onde Eça de Queirós um dia saiu e subiu até Tormes, fazendo o”caminho de Jacinto,” actualmente muito divulgado, entre veredas sinuosas, respirando uma brisa pura, fresca e agradável e contemplando uma paisagem lindíssima. Já se pode ver o magnífico empreendimento turístico de grande relevância, nomeadamente o “Hotel Douro Palace”. O cais fluvial de Aregos onde os barcos podem atracar junto à estação de Aregos, beneficiando o tráfego turístico já existente no rio Douro.
Continuando a subir o rio e tendo como destino a Régua, chegamos à Ermida, estação risonha e acolhedora, ouvimos o barulho do comboio, olhamos para a ponte e fazemos uma pausa , vamos almoçar ao restaurante “ Barriga Farta”, onde podemos saborear as delícias da gastronomia tradicional. Andando mais um pouco, estamos já em Porto de Rei, recanto paradisíaco, que dá gosto visitar. Mas já se faz tarde, o tempo passou rapidamente e a Régua espera-nos de braços abertos, ostentando a sua beleza incomensurável, entre vinhedos verdejantes e águas cristalinas. No final do percurso, que tal um cálice do vinho do Porto para “aquecer a alma” dos apreciadores de tão valioso néctar? Ora aceite o meu convite, venha visitar estas regiões ribeirinhas numa viagem inesquecível e de certeza que não se vai arrepender.