sábado, 14 de agosto de 2010

Navegando no Douro


O rio Douro vai correndo para o mar imponente e deslumbrante. As suas águas límpidas e cristalinas vão apressadamente rumo à foz. Quem faz o percurso de barco Régua – Porto ou então Porto – Régua, pode apreciar os encantos destes locais paradisíacos. Ou subindo o rio, ou descendo-o, não podemos ficar indiferentes a tanta beleza! Passando em Ribadouro onde a paisagem é realmente encantadora, ou subindo em direcção a Porto Antigo ou a Aregos, ficamos deslumbrados!
Em Caldas de Aregos, a beleza natural e o progresso estão em simbiose perfeita. A fluvina onde muitos barcos podem ancorar, a piscina junto ao rio onde se pode desfrutar de uma paisagem magnífica, onde dá vontade de permanecer, durante muito tempo para apreciar a natureza. A natureza que foi aqui bastante favorecida pelo progresso, ou seja pela acção humana. Mas nem sempre isso acontece, por vezes o homem apropria-se da meio ambiente e em nome do progresso vai destruindo tudo à sua volta ao sabor dos seus caprichos, de forma aleatória. Em Aregos, isso não se verifica, a paisagem lá está, majestosa e linda! Houve uma consonância entre a acção humana e a natureza. Os empreendimentos que lá foram edificados vieram realçar ainda mais a formosura desta região.
Dá gosto ir a este local e nunca me canso de fazê-lo.
Ora vamos prosseguir viagem e olhando em frente, avistamos terras de Santa Cruz do Douro em Baião, a estação de Aregos onde Eça de Queirós um dia saiu e subiu até Tormes, fazendo o”caminho de Jacinto,” actualmente muito divulgado, entre veredas sinuosas, respirando uma brisa pura, fresca e agradável e contemplando uma paisagem lindíssima. Já se pode ver o magnífico empreendimento turístico de grande relevância, nomeadamente o “Hotel Douro Palace”. O cais fluvial de Aregos onde os barcos podem atracar junto à estação de Aregos, beneficiando o tráfego turístico já existente no rio Douro.
Continuando a subir o rio e tendo como destino a Régua, chegamos à Ermida, estação risonha e acolhedora, ouvimos o barulho do comboio, olhamos para a ponte e fazemos uma pausa , vamos almoçar ao restaurante “ Barriga Farta”, onde podemos saborear as delícias da gastronomia tradicional. Andando mais um pouco, estamos já em Porto de Rei, recanto paradisíaco, que dá gosto visitar. Mas já se faz tarde, o tempo passou rapidamente e a Régua espera-nos de braços abertos, ostentando a sua beleza incomensurável, entre vinhedos verdejantes e águas cristalinas. No final do percurso, que tal um cálice do vinho do Porto para “aquecer a alma” dos apreciadores de tão valioso néctar? Ora aceite o meu convite, venha visitar estas regiões ribeirinhas numa viagem inesquecível e de certeza que não se vai arrepender.

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